sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Mapa do Tempo

Olá, caros leitores. Sejam bem vindos ao "Letras sobre Letras"! Como é de se esperar, esse blog falará sobre nada mais nada menos que... letras. Resenhas de livros, dicas e tudo mais. Espero que gostem. :) Minha primeira postagem aqui será sobre o livro O Mapa do Tempo, de Félix J. Palma. Acabei de lê-lo há alguma horas e não vejo a hora de falar sobre ele.
No século XIX, mas precisamente no ano de 1896, cientistas e escritores creem que a ciência pode, além de conquistar o próprio presente, conquistar o passado e o futuro. E essas especulações se tornam concretas quando a Empresa de Viagens Temporais Murray anuncia a descoberta do século: uma forma de viajar ao ano 2000 e assistir à incrível batalha final entre humanos e autômatos. No desenrolar da história, são apresentados personagens importantes, como Andrew Harrington, um jovem endinheirado que, após ter sua amada assassinada por Jack, o Estripador, perdeu totalmente a razão de viver. Aparecem também Tom Blunt e Claire Haggerty, que embalam uma doce e inesperada história de amor, e o autor da obra "A Máquina do Tempo", o escritor H. G. Wells, que será o elo entre essas duas histórias. Wells também tem de enfrentar um viajante do tempo que ameaça roubar a autoria de um de seus livros que ainda nem havia sido lançado!
Com uma pitada de suspense, o desenrolar da história é surpreendente. Palma tem um modo muito interessante de passar para o papel todas as ideias que flutuam em sua mente. É uma história rica em detalhes (talvez possua muitos detalhes desnecessários, que mais parecem estar lá para encher o conteúdo do livro, mas nada que tire o brilho da obra).
"O Mapa do Tempo" é um livro excelente que nos deixa com várias perguntas na cabeça. Será possível viajar pelos séculos? Será que o homem descobrirá esse mistério que é o tempo? E quando isso acontecerá? Será bom ou será ruim? Perguntas que só podem ser respondidas pelas nossas próprias especulações.
E para você aí, fica a dica desse grande sucesso que é o livro de Félix J. Palma. Vale muito a pena ler e quem sabe em um futuro próximo, a ficção não vire realidade?

"O tempo só se revelava nas folhas secas, nas feridas que cicatrizavam, no caruncho que devorava, na ferrugem que se espalhava, nos corações que se cansavam. Se não houvesse ninguém para marcá-lo, o tempo não era nada, absolutamente nada."